Por muito tempo, as empresas incentivaram os colaboradores a darem o máximo de si em suas funções, e utilizaram os profissionais que faziam horas extras colocando os compromissos profissionais acima dos compromissos pessoais como exemplo para os demais funcionários.
Hoje, contudo, o cenário está mudando, e as empresas, pelo menos aquelas que se preocupam com a saúde mental e o bem-estar dos seus colaboradores, não mais batem palmas e incentivam o trabalho em excesso, pois entendem que a hiperprodutividade não se sustenta a longo prazo.
Neste conteúdo, vamos falar sobre alguns motivos que levam as pessoas a serem workaholics, bem como as consequências pelas quais o workaholismo não deve ser incentivado e praticado.
Profissional engajado x Workaholic
Muitas vezes, podemos confundir um profissional engajado com um workaholic e vice-versa. Contudo, existem diferenças importantes entre eles.
Um profissional engajado é alguém que se envolve de forma ativa e entusiasta em seu trabalho. Ele têm uma mentalidade positiva, está comprometido com os objetivos e valores da organização e demonstra um alto nível de dedicação e interesse em suas tarefas.
Mas o que realmente o diferencia de um workaholic é sua busca por um equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida pessoal, afinal ele reconhece a importância de cuidar de si mesmo e de ter tempo para outras atividades além do trabalho.
Por outro lado, um workaholic é uma pessoa viciada em trabalho. Ele tem uma compulsão por trabalhar excessivamente e tende a colocar o trabalho acima de tudo, incluindo sua saúde, relacionamentos pessoais e outras áreas da vida.
O workaholic pode estar constantemente pensando em trabalho, dedicando longas horas ao trabalho e sacrificando outras áreas importantes da vida. Embora possam ser altamente produtivos, os workaholics frequentemente sofrem de estresse excessivo, esgotamento e uma falta de equilíbrio geral.
Mas atenção…
Um profissional engajado precisa estar atento e cuidadoso para não se tornar um workaholic, pois é fundamental manter um equilíbrio saudável entre o trabalho e outras áreas da vida. Embora o engajamento seja uma qualidade valiosa, é importante lembrar que a saúde física, emocional e os relacionamentos pessoais também são essenciais para uma vida plena e satisfatória.
Causas do workaholism.
O workaholism, ou trabalho excessivo, pode ter várias causas subjacentes. Algumas pessoas se tornam workaholics devido a:
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Pressão Externa: Expectativas do trabalho ou da sociedade que incentivam longas horas de trabalho ou uma cultura que valoriza o excesso de trabalho.
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Perfeccionismo: O desejo de alcançar a perfeição ou evitar erros pode levar alguém a passar mais tempo trabalhando do que o necessário.
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Necessidade de Reconhecimento: Algumas pessoas buscam validação e reconhecimento através do trabalho, o que pode levar ao excesso de trabalho para se destacarem.
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Fuga de Problemas Pessoais: Alguns indivíduos podem usar o trabalho como uma forma de escapar de problemas pessoais, usando-o como uma distração.
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Insegurança: O medo de perder o emprego ou a posição pode levar alguém a trabalhar constantemente para evitar qualquer ameaça percebida.
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Falta de Equilíbrio entre Trabalho e Vida Pessoal: Às vezes, a dificuldade em estabelecer limites claros entre o trabalho e a vida pessoal pode resultar em um trabalho excessivo.
Quais os motivos de workaholic?
Quais razões levam uma pessoa a priorizar tanto a vida profissional a ponto de descuidar dos seus relacionamentos, descanso e saúde física e mental? O que para alguns pode parecer uma loucura, para os workaholics tem motivos bem definidos - ainda que inconscientes.
Mas quais motivos são estes? Vejamos a seguir:
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Pressão social e cultural: em algumas culturas e ambientes de trabalho, há uma valorização excessiva do trabalho e uma pressão para estar sempre disponível e dedicado. A ideia de sucesso muitas vezes está associada à quantidade de horas trabalhadas e ao sacrifício pessoal.
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Busca por reconhecimento e sucesso: algumas pessoas acreditam que o sucesso profissional está diretamente ligado ao trabalho árduo e à dedicação extrema. Elas podem se esforçar excessivamente para alcançar metas e obter reconhecimento, mesmo que isso signifique negligenciar outros aspectos de suas vidas.
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Medo do fracasso: o medo de falhar ou ser visto como incompetente pode levar algumas pessoas a se tornarem workaholics. Elas sentem a necessidade de se destacar constantemente e superar expectativas para evitar críticas ou a sensação de fracasso.
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Perfeccionismo: o perfeccionismo extremo pode levar ao trabalho excessivo, pois as pessoas se esforçam para atingir padrões inatingíveis. Elas podem acreditar que nunca é suficiente e continuam trabalhando incessantemente em busca de perfeição.
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Falta de habilidades de autogerenciamento: algumas pessoas têm dificuldade em estabelecer limites e gerenciar seu tempo de forma eficaz. Elas podem ter dificuldade em dizer não a mais trabalho e acabam sobrecarregadas, mergulhando em uma rotina de trabalho excessiva.
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Vício em trabalho: assim como qualquer outra atividade, o trabalho pode se tornar uma forma de escape ou uma fonte de satisfação emocional para algumas pessoas. Elas podem se sentir desconfortáveis ou ansiosas quando não estão trabalhando, o que as leva a buscar constantemente mais trabalho para preencher esse vazio emocional.
Consequências de ser workaholic.
O trabalho excessivo, ou workaholism, pode ter consequências negativas significativas para a saúde física, emocional e social de uma pessoa.
Embora possa parecer inicialmente que trabalhar muito trará benefícios profissionais ou financeiros, é importante reconhecer e estar ciente das consequências adversas associadas a esse comportamento.
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Esgotamento e fadiga: o trabalho excessivo pode levar ao esgotamento, deixando a pessoa constantemente cansada, sem energia e sobrecarregada. A falta de descanso adequado e tempo para relaxar e recarregar as energias pode afetar negativamente o desempenho no trabalho e a qualidade de vida em geral.
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Problemas de saúde física: um workaholic tem grandes chances de desenvolver problemas de saúde física, como doenças cardiovasculares, distúrbios do sono, dores musculares, tensão e enfraquecimento do sistema imunológico. A negligência com a saúde, como falta de exercícios, má alimentação e sono insuficiente, pode resultar em consequências prejudiciais a longo prazo.
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Problemas de saúde mental: o workaholism pode contribuir para o desenvolvimento de problemas de saúde mental, como estresse crônico, ansiedade, depressão e exaustão emocional. A constante pressão e a busca incessante por desempenho podem levar a altos níveis de estresse e uma deterioração do bem-estar mental.
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Dificuldades nos relacionamentos: o trabalho excessivo pode levar ao descuido com relacionamentos pessoais, incluindo familiares, amigos e parceiros. A falta de tempo e atenção dedicada às relações pode resultar em sentimentos de isolamento, distanciamento e problemas de comunicação.
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Falta de equilíbrio e satisfação geral: o workaholism muitas vezes leva a uma falta de equilíbrio entre o trabalho e outras áreas importantes da vida, como lazer, hobbies e autocuidado. A falta de tempo para atividades fora do trabalho pode levar à insatisfação geral, prejudicando a qualidade de vida e o bem-estar emocional.
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Diminuição da criatividade e produtividade: trabalhar excessivamente pode ter o efeito oposto ao desejado, resultando em uma diminuição da criatividade, produtividade e qualidade do trabalho. A exaustão e a sobrecarga podem afetar negativamente o desempenho e a capacidade de resolver problemas de forma eficaz.
Agora que você já sabe quais são as principais causas e consequência do workaholismo, envie este conteúdo para aquele conhecido que frequentemente faz horas extras no trabalho e que pouco tem tempo para cuidar da sua vida pessoal e relacional.
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