Milhares de pessoas em todo o mundo sofrem com transtornos alimentares. Você conhece os tipos desses transtornos? Dá só uma olhada!
Transtornos alimentares
Os transtornos alimentares geralmente apresentam suas primeiras manifestações na infância e na adolescência. Podemos dividir os transtornos alimentares em dois grupos:
- Precoces: transtornos que ocorrem precocemente na infância e que representam alterações da relação da criança com a alimentação. Transtornos como o transtorno da alimentação na infância, PICA e transtorno de ruminação aparecem nesta idade.
- Tardios: seu aparecimento é mais tardio e é constituído de transtornos como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa.
Tipos de transtornos alimentares
Abaixo, vamos dar uma olhada em alguns tipos de transtornos alimentares:
- Transtorno da alimentação da primeira infância: dificuldade de se alimentar adequadamente, levando a uma perda ponderal ou falha em ganhar peso de forma apropriada, iniciando-se antes dos seis anos de idade. O tratamento volta-se para a melhora do estado nutricional do paciente, em conjunto com a avaliação dos pais e dos fatores biopsicossociais que estejam contribuindo para o desenvolvimento e a manutenção do problema.
- Pica: é a ingestão persistente de substâncias não nutritivas, inadequadas para o desenvolvimento infantil e que não fazem parte de uma prática aceita culturalmente. Dentre as substâncias mais consumidas estão: terra, barro, cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de animais.
- Transtorno de ruminação: inclui episódios de regurgitação (ou remastigação) repetidos cujas complicações médicas podem ser desnutrição, perda de peso, alterações do equilíbrio hidroeletrolítico, desidratação e morte. O tratamento envolve o acompanhamento clínico das complicações e tratamento comportamental.
- Anorexia nervosa: o medo de engordar é uma característica essencial na anorexia nervosa. Gradativamente, as pacientes passam a viver exclusivamente em função da dieta, da comida, do peso e da forma corporal, restringindo seu campo de interesses e levando ao gradativo isolamento social. O curso da doença é caracterizado por uma perda de peso progressiva e contínua. O padrão alimentar vai se tornando cada vez mais secreto e muitas vezes até assumindo características ritualizadas e bizarras.
Segundo os dados atuais, a anorexia nervosa ocorre predominantemente em mulheres jovens, sendo que a prevalência da anorexia nervosa ao longo da vida oscila entre 0,3% e 3,7%. Picos de incidência são encontrados entre os 14 e 17 anos e existem evidências de que fatores psicossociais desempenham um papel importante na distribuição desse transtorno alimentar. Segundo o DSM-V, existem dois tipos associados à dieta: o tipo “restritivo” e outro “purgativo” em que ocorrem episódios de compulsão alimentar ou comportamentos mais perigosos, como vômitos auto-induzidos, abuso de laxativos e diuréticos.
A prática de exercícios físicos é frequente, na qual as pacientes chegam a realizar exercícios físicos de forma excessiva com o objetivo de queimar calorias e perder peso. Há uma ausência completa de inquietação com sua condição física com negação dos riscos.
- Bulimia nervosa: é extremamente rara antes dos 12 anos, sendo característico de mulheres jovens e adolescentes. Fatores de ordem biopsicossocial se encontram relacionados com as causas da bulimia nervosa. Os episódios de compulsão alimentar são o sintoma principal e costumam surgir no decorrer de uma dieta para emagrecer.
No início, pode se achar relacionado à fome, mas posteriormente, quando o ciclo compulsão alimentar-purgação já está instalado, ocorre em todo tipo de situação que gera sentimentos negativos (frustração, tristeza, ansiedade, tédio, solidão). Inclui um aspecto comportamental objetivo que seria comer uma quantidade de comida considerada exagerada se comparada ao que uma pessoa comeria em condições normais; e um componente subjetivo que é a sensação de total falta de controle sobre o seu próprio comportamento. Estes episódios ocorrem às escondidas na grande maioria das vezes e são acompanhados de sentimentos de intensa vergonha, culpa e desejos de autopunição.
O vômito auto-induzido ocorre em cerca de 90% dos casos, sendo portanto o principal método compensatório utilizado. A sua frequência é variável, podendo ser de um até 10 ou mais episódios por dia, nos casos mais graves.
Aspectos culturais dos transtornos alimentares
A influência da "cultura do corpo" e da pressão para a magreza que as mulheres sofrem nas sociedades ocidentais (especialmente as adolescentes) parece estar associada com o desencadeamento de comportamentos anoréxicos. Determinadas profissões que exigem leveza para melhor desempenho (como ginastas, jockeys, patinadoras, bailarinas) ou esbeltez para "comercialização" da imagem (modelos, atrizes) se encontram em risco aumentado para o desenvolvimento de transtornos alimentares.
O aumento no número de cirurgias plásticas estéticas é um exemplo da grande insatisfação corporal e busca de formas “perfeitas” de ser, incentivadas pela mídia e redes sociais nessa busca do corpo ideal.
Tratamento de transtornos alimentares
Os transtornos alimentares são diagnosticados com base nos sinais, sintomas e hábitos alimentares. São realizados exames físicos, buscando descartar outras causas médias para os problemas alimentares. Também podem ser solicitados testes de laboratório, avaliação psicológica a respeito da saúde mental, dos pensamentos, sentimentos e hábitos do paciente e através de testes psicológicos, além de testes adicionais que podem ser solicitados.
Com relação ao tratamento dos transtornos alimentares, a abordagem deve ser multiprofissional, com prestadores de cuidados primários, profissionais de saúde mental e nutricionistas, com experiência em transtornos alimentares. O tratamento geralmente inclu educação nutricional, psicoterapia e medicamentos.
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Referências:
APPOLINÁRIO, J.C. & CLAUDINO, A.M. Transtornos alimentares. Braz. J. Psychiatry. 2000;22(2).
IDA, S.W. & SILVA, R.N. Transtornos alimentares: uma perspectiva social. Rev. Mal-Estar Subj. 2007;7(2).
OLIVEIRA, L.L. & HUTZ, C.S. Transtornos alimentares: o papel dos aspectos culturais no mundo contemporâneo. Psicologia em Estudo. 2010;15(3).
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