As demandas da vida em uma sociedade globalizada exigem que pensemos e ajamos cada vez mais aceleradamente. Mas será que esse estilo de vida é sustentável?
Ritmo atual
Vivemos uma certa glamourização do estresse. A cultura da velocidade e o padrão de urgência estabelecidos pela sociedade nem sempre são apropriados e muitas vezes o comportamento acelerado pode gerar problemas. Durante a atual pandemia do coronavírus, fomos obrigados a fazer uma pausa coletiva, e pudemos ver como o estilo de vida predominante não é saudável, e que a competição a qualquer custo cobra seu preço, como a redução da expectativa de vida e o aumento das doenças crônicas. O estilo de vida corrido nos traz muitas comorbidades, como a grande escala de depressão e ansiedade que vemos atualmente.
O que é estilo de vida?
O estilo de vida é uma expressão moderna que se refere à estratificação da sociedade por meio de aspectos comportamentais, expressos sob a forma de padrões de consumo, rotinas, hábitos ou forma de vida adaptada ao dia a dia. É a forma como um determinado grupo de pessoas vivencia o mundo e como se comporta e faz escolhas. Também pode se referir a determinados interesses, opiniões, comportamentos e orientações comportamentais de um indivíduo, grupo ou cultura. É o que orienta as escolhas de vida e o modo de viver, consumir e interagir.
No fim das contas, são as escolhas que o indivíduo faz para levar a sua vida, a partir do que considera bom para si. Não existe um estilo de vida superior ao outro, cada pessoa vai avaliar e julgar a vida que leva e escolher de acordo.
Existem alguns tipos de estilos de vida como o veganismo, ou vegetarianismo, o minimalismo, os nômades digitais, entre outros. Vamos ver um pouco sobre o estilo de vida slow.
O que é slow living?
Termo que vem do inglês e na tradução literal significa “viver lentamente”, o slow living é um estilo de vida que estimula uma abordagem mais lenta aos aspectos da vida cotidiana. É um movimento que nasceu na Itália com o movimento de comida lenta, em oposição ao movimento fast food. A noção de um estilo de vida mais lento implica que as pessoas podem aproveitar a vida mais e mais conscientes de suas percepções e movimentos.
O slow living é tanto um estilo de vida, quanto uma filosofia de comportamento em relação à produção e consumo, ou seja, as decisões de compra são baseadas em um senso comum de atributos e valores das marcas, que enfatizam a qualidade sobre a quantidade, a autenticidade e as responsabilidades ambientais e sociais. O slow living tem a ver com uma vida e trabalho inspirados por valores simples e reais, e menos velocidade, menos piloto automático e menos excessos que transformaram as pessoas em consumidores compulsivos e sem senso de comunidade.
É uma busca por uma vida cheia de significados, realizações e propósitos, visando equilíbrio, e sentir bem ao viver, de exercitar a cooperação, o respeito, a gratidão, a celebração e a resiliência.
Ao viver de forma mais consciente, inspirado por reflexões, a pessoa é direcionada a novos olhares e novos caminhos. Existe um resgate de valores e sabedorias que trazem de volta esse compartilhar em comunidade, através de uma conexão entre todas as pessoas, lugares e seres vivos, inclusive com nós mesmos.
Como funciona o slow living?
O slow living é um estilo de vida sem regras ou tarefas a serem cumpridas. O foco é na busca pessoal pela leveza, equilíbrio e consciência, para novos e motivadores caminhos, descobertos e vivenciados a seu tempo e inseridos na rotina com consistência. As escolhas passam a ser cuidadosas e são visadas aquelas que abrangem seus benefícios para o entorno.
Por ser uma revolução contra a noção de que rápido é melhor, a filosofia de vida slow não é uma questão de fazer tudo em ritmo de lesma, mas, sim, aproveitar a qualidade ao invés da quantidade de trabalho, a forma como consumimos alimentos e as escolhas de vida.
O slow living sugere um autoconhecimento como forma de entender as consequências de um ritmo de vida nocivo e passa a repensar o que é prioridade e o que faz sentido para si.
Uma das propostas do slow living é escolher coisas que contribuam para a comunidade local.
Veja algumas propostas do slow living:
- Mindfulness: uma ferramenta para se manter no momento presente e consciente do ambiente no entorno. Estar conectado ao presente permite apreciar os pequenos prazeres da vida, o oposto de esperar a semana inteira pelo fim de semana para viver.
- Conexão com a comunidade: viver mais lenta e conscientemente tem a ver com estar consciente de como seu estilo de vida impacta o ambiente e a comunidade global. Por isso, busca-se a conexão com o local para reforçar a qualidade de vida no entorno onde se vive.
- Comprometimento com propósito: focar em trabalhos intencionais e de impacto significa ir além dos entediantes “devo, preciso, tenho que”, eliminar as tarefas sem sentido para criar espaço e realizar seus sonhos é importante.
- Entenda que rápido não significa melhor: as melhores coisas da vida não podem ser apressadas.
- Consumir menos: o slow living tem ligação direta com o anti consumismo e a rejeição da ideia de que novos materiais vai trazer felicidade.
- Esteja consciente de como gasta o seu tempo: registre as atividades no seu calendário durante alguns dias e veja o que foi registrado. Muitas vezes nos mantemos em negação por não querer ver os números e a estatística de nossos comportamentos.
- Construa sua agenda slow: leve em consideração o seu estilo de vida slow quando construir sua agenda, abrindo espaços para pausas e pensando no bem estar diário.
- Mantenha suas expectativas baixas: muitas vezes ter expectativas altas acabam nos atrapalhando na hora de engajar em um novo estilo de vida. Inicie com pequenas metas e curta a sua vida!
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Conheça mais:
Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica
Mais de 10 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 15 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.
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