Conhecida pela comunidade médica desde a antiguidade, é um mal muito comum, que acomete indivíduos de todas as raças e idades. Mas o que será a enxaqueca?
Cefaleias
Cefaleia é um termo técnico que significa dor de cabeça. É um sintoma bastante comum, que acomete a maioria das pessoas ao longo da vida. Algumas doenças podem levar à cefaléia, geralmente associada a outros sintomas. Entre eles, estão infecções, tumores, desordens vasculares, desordens metabólicas, glaucoma, entre outras. Existem vários tipos de cefaléia e podem ser secundárias a algumas doenças, mas não necessariamente. Os tipos mais comuns são a cefaléia tensional e a enxaqueca. Em todos os casos, a avaliação médica é fundamental para esclarecer a origem da cefaleia e estabelecer o tratamento apropriado. O tratamento pode ser feito com analgésicos comuns, mas medicamentos utilizados para enxaqueca também podem ser utilizados, como técnicas de relaxamento, massagens, banhos quentes geralmente são úteis, assim como explorar as causas da tensão ou ansiedade.
O que é enxaqueca?
A enxaqueca é um tipo de cefaleia caracterizada por crises de dor intensa, latejante, que geralmente acomete apenas um lado da cabeça, embora possa acontecer dos dois lados. Pode surgir em qualquer idade, sendo que as crises aparecem comumente na adolescência ou início da idade adulta. Alguns sintomas são comuns como náuseas, vômitos, intolerância à luz e ao barulho.
Uma parcela de indivíduos costuma apresentar sintomas neurológicos um pouco antes das crises, chamados de “aura”. Os sintomas mais comuns são as alterações visuais como falhas no campo visual, flashes de luz ou pontos luminosos em ziguezague. Outros sintomas como formigamento, fraqueza em uma parte do corpo, e até dificuldade para falar também podem ocorrer, mas são mais raros.
A enxaqueca é mais comum em mulheres e os indivíduos acometidos geralmente têm familiares com quadros semelhantes. As crises podem durar de horas a dias e podem ser desencadeadas por estresse emocional ou físico, falta ou excesso de sono, jejum, comidas específicas (como chocolate, comidas gordurosas), bebidas alcoólicas (como vinho tinto), privação de cafeína (em indivíduos que costumam consumir grandes quantidades de cafeína), menstruação, exercício físico intenso, exposição a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas. Os maiores fatores desencadeantes da enxaqueca relatados são: estresse, sono, exercícios físicos,alimentação, genética, hormônios, menstruação, estímulos sensoriais e ambientais, exposição ao frio, calor, umidade e cheiros.
Durante as crises muitos pacientes utilizam medidas simples como descansar em local silencioso e escuro. Os analgésicos simples também ajudam se utilizados logo no início dos sintomas, além de ser necessário outros medicamentos para casos específicos.
Pessoas que vivenciam crises frequentes podem necessitar de um tratamento para prevenir novas crises, segundo orientação médica.
Estágios da enxaqueca
A enxaqueca, também conhecida como migrânea possui alguns estágios:
- Pródromo: alterações de humor, irritação, inapetência, enjoos, alterações no comportamento e ou retenção hídrica.
- Aura: sintomas visuais antecedendo ou acompanhando o período de dor na crise da enxaqueca como luzes, linhas ou manchas, desfocagem ou distorção de imagens.
- Dor: pode ter duração de 1 a 48 horas, ser bilateral ou unilateral, pulsante e de intensidade moderada ou grave, que piora com o exercício físico.
- Resolução: diminuição gradual da dor, embora alguns episódios só se aliviam após o sono.
- Pósdromos: os indivíduos tendem a apresentar cansaço, má concentração e mente confusa após a crise.
Fatores nutricionais
Os principais fatores nutricionais desencadeadores da enxaqueca: alimentos compostos por tiramina e histamina (cerveja, queijos, vinhos, frutas cítricas), feniletilamina (vinho, chocolate, aspartame), bebidas alcoólicas, alimentos ricos em gordura, cafeína, glutamato monossódico, nitritos e nitratos, laticínios e líquidos gelados. Assim como o consumo de diversos compostos podem prevenir e amenizar os sintomas da enxaqueca como: vitaminas do complexo B, magnésio, coenzima Q10, triptofano, vitamina E, ácido alfa-lipóico, inositol, ômega-3, isoflavonas, gingerol, assim como, a suplementação de 5-HTP. As orientações nutricionais visam ampliar a qualidade de vida do paciente, fazendo com que este não precise recorrer a medicamentos, os quais muitas vezes têm efeitos colaterais indesejáveis.
Qualidade de vida
Um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido a seu impacto individual e social que essa condição clínica acarreta, sua alta incidência e seu elevado potencial de cronificação, além dos custos econômicos e da redução na qualidade de vida que afeta a quem sente, as enxaquecas são estimadas em cerca de 15% da população, sendo a maioria mulheres. Essa queda na qualidade de vida acarretada pela enxaqueca pode levar a queda na produtividade laboral e nas atividades da vida diária, além de sofrimento físico e emocional.
A enxaqueca gera um alto grau de incapacidade, o que leva a queda do bem-estar. É preciso encarar a enxaqueca com tratamentos farmacológicos para as crises e biopsicossociais para suas consequências.
Hipnoterapia e enxaqueca
A hipnose é indicada para o tratamento da enxaqueca, assim como uma série de medidas como o biofeedback e a acupuntura. As enxaquecas podem ser desencadeadas por processos emocionais como a vivência de um estresse ou traumas. É nesse ponto que a contribuição da hipnose para a enxaqueca passa a ser ativo. Mergulhando nas memórias relacionadas com as crises, com as sensações e emoções que aparecem durante uma crise, o hipnólogo pode dar sugestões que se transformem em um reaprendizado na forma de o corpo manifestar seus sentimentos. Mais estudos ainda precisam ser feitos para verificar os mecanismos pelos quais a hipnose pode contribuir para o alívio dos sintomas da enxaqueca, por isso, busque sempre se atualizar!
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Referências:
HEYCK, H. Enxaqueca. Arq. Neuro-Psiquiatr. 1962;20(3).
NEVES, I.A.N. Relação entre hábitos alimentares e enxaqueca. UniCEUB. 2013.
STEFANE, T. et al. Influência de tratamentos para enxaqueca na qualidade de vida: revisão integrativa de literatura. Rev Bras Enferm. 2012;65(2).
WANNMACHER, L. & FERREIRA, M.B.C. Enxaqueca: um mal antigo com roupagem nova. 2004;1(8).
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